Final 1ª Divisão

Académica na final com todo o mérito

Campeonato Nacional da 1ª Divisão
Académica – 28 R. Clube da Lousã - 14

Cumpriu-se a tradição. Sem surpresa a Académica venceu o Rugby Clube da Lousã e garantiu com naturalidade e todo o mérito lugar na final do Nacional da 1ª Divisão. A vitória, 28-14 (21-9 ao intervalo) deixa a equipa de Coimbra a 80 minutos da Divisão de Honra. Os “estudantes” inauguraram o marcador aos 10 minutos na sequência de um excelente trabalho dos seus avançados e boa decisão do seu médio de formação Leandro Fonseca que passou a defesa e colocou Francisco Serra no espaço livre para o primeiro ensaio da tarde que o próprio Serra transformaria com sucesso. O chutador da Académica apenas falhou um dos cinco pontapés tentados aos postes na tarde de Sábado no Universitário e será por certo uma das principais armas dos “estudantes” no jogo da final. Aliás a Académica poderia ter consolidado o resultado mais cedo se tem tomado a decisão correcta de tentar aos postes duas penalidades frontais. O trabalho colectivo do bloco de avançados de Coimbra seria determinante neste encontro com Ricardo Benedito, João Cardoso e José Gomes a marcarem os outros três ensaios, todos na sequência de acções de jogo agrupado penetrante. A Académica conseguiu alguns movimentos de bom nível mas esteve no entanto longe de fazer um jogo brilhante mais por culpa do Rugby Clube da Lousã que se apresentou determinado e teve o mérito de equilibrar o resultado durante um largo período. Com um cinco da frente muito sólido os lousanenses dominaram mesmo algumas formações ordenadas impedindo que a bola saísse com qualidade, dificultando assim a acção das linhas atrasadas da casa que estiveram pouco inspiradas, não souberam variar o jogo e raramente circularam a bola nos lances de ataque. Os de Coimbra conseguiram a vigésima vitória da época, décima quinta no campeonato, e estão agora a um curtíssimo passo de alcançar o principal objectivo da época. O árbitro lisboeta João Neto não esteve ao nível do jogo, interpretou mal a lei da vantagem e utilizou dualidade de critério em duas situações idênticas de agressão. Uma valeu cartão amarelo e a outra ficou pela repreensão. As equipas alinharam e marcaram: Académica: João Cardoso (5), Hugo Rodolfo; Cláudio Tenreiro (Tiago Coelho), Diogo Pinheiro, José Gomes (5), Ricardo Benedito (5), (Castelo Branco), João Paulo (Eduardo Correia), Hugo Gomes, Leandro Fonseca (Gonçalo Almeida), Gonçalo Neto, Paulo Bandeira (Rui Rodrigues), Eurico Vicente, Ricardo Dias (Sérgio Franco), Francisco Serra (5+2+2+2) e João Monteiro Treinador – Sérgio Franco e Luís Sequeira. Rugby Clube da Lousã: Lyle Elton, Gonçalo Marques (Diogo Marques), Vladislav Seletch, Fernando Mateus, Rui Carvalho, José Lopes (José Pereira), Miguel Serra, Ricardo Rodrigues, Ricardo Santos (3+3), Carlos Rodrigues, Daniel Redondo, Pedro Silva (5), Vasco Simões (Francisco Janeiro) e Ricardo Redondo (3). Treinador: Miguel Serra e Dias Santos.
Na Académica o terceira linha Hugo Gomes foi o melhor enquanto na Lousã se destacou o médio de abertura Ricardo Santos.
Enquanto a Académica vencia com mérito, pela terceira vez esta temporada os seus vizinhos da Lousã, a selecção portuguesa perdia em Montevideu apenas por seis pontos garantindo assim de forma brilhante pela primeira vez lugar numa fase final do Campeonato do Mundo. Lembre-se que Portugal tinha vencido o Uruguai por sete pontos na primeira-mão em Lisboa. O academista Rui Cordeiro deu um contributo importante na longa fase de apuramento para esta presença inédita de Portugal no Mundial tendo sido quase sempre opção na primeira linha. Portugal será assim a única selecção amadora presente na mais importante competição da modalidade que se disputará em França em Setembro e Outubro.

Académica termina 1ª fase em grande

A equipa principal da Académica alcançou o pleno de vitórias (catorze) na primeira fase do Nacional da 1ª Divisão, terminando esta primeira etapa da competição da melhor forma ao bater, em Coimbra, o último classificado pelo resultado mais dilatado do Campeonato (93 – 14). Perante um adversário que luta pela manutenção, os “pretos”, assumidamente principais candidatos ao título, entraram bem no jogo e aos cinco minutos já tinham construído dois ensaios, o primeiro por Ricardo Benedito que voltaria a marcar aos 35 minutos, altura em que saiu por lesão, e o segundo pelo médio de abertura João Ataíde num dos bons momentos do encontro.
Na Lousã, no jogo que decidia o local da outra meia final, o Évora sofreu até ao fim para levar o jogo com o CRAV para o Alentejo. Depois de estar a vencer ao intervalo por 7 - 28 o CRE deixou a Lousã aproximar-se até aos 24 – 28 (resultado final) numa partida bem disputada e cheia de emoção. Os dois cartões amarelos e consequente suspensão temporária de jogadores da Lousã seriam aparentemente decisivos e bem aproveitada pelo Évora que marcaria dois ensaios num dos períodos em que os locais jogavam com 14.
Em Coimbra os “estudantes” sem acelerar marcaram quinze ensaios, à média de um em cada cinco minutos, num jogo sem grande interesse e quase sempre de sentido único. As sete alterações, praticamente todas ao intervalo, e o facto de ter terminado o jogo com 14 devido à lesão de Tiago Coelho, não influenciaram o rendimento da equipa da casa que marcaria no período complementar 50 pontos. Na Académica destacou-se Francisco Serra a aparecer nesta parte final do campeonato próximo do seu melhor nível. O defesa dos “pretos”, apesar de jogar apenas 55 minutos, marcaria 41 pontos à sua conta (cinco ensaios e oito transformações). A defesa colectiva, que tem sido um dos pontos fortes dos conimbricenses, não esteve nos melhores dias, tendo permitido dois ensaios. Apenas o CRAV e Lousã tinham marcado dois ensaios à Académica não se justificando que o último classificado marque em Coimbra tantos pontos. O bloco de avançados superiorizou-se em toda a linha, particularmente na formação ordenada. De assinalar que oito ensaios seriam marcados por avançados (três por João Paulo, dois por Benedito e Diogo Pinheiro e um por José Gomes).
Com arbitragem de José Peralta, da Lousã, as equipas alinharam e marcaram, Caldas: Rui Gomes, (Paulo Santos), Luís Gaspar, Cristóvão Fontes, David Marques, David Nicolas, (Rodrigo Álamo), Nelson Madaleno, Pedro Madaleno (5), Frederico Pimentel, (Paulo Cunha), Filipe Fazendeiro (5), Salvador Carvalho (2+2), Salvador Neves, Bruno Saramago, Adelino Jacinto, Pedro Monteiro e Ricardo Barros. Treinador: Patrício Lamboglia Académica, João Cardoso, Hugo Rodolfo; Tiago Coelho, Diogo Pinheiro (5+5) (José Gomes 5), Ricardo Benedito (5+5), (Castelo Branco), João Paulo (5+5+5), Tiago Castanheira, (Leandro Lucero), Hugo Gomes (João Brites), Leandro Fonseca, João Ataíde (5) (Bruno Pinto), Paulo Bandeira (5), Eurico Vicente, (Rui Rodrigues), Gonçalo Almeida, Alexandre Oliveira (2), Francisco Serra (5+5+5+5+5+2+2+2+2+2+2+2+2) (Bruno Barroso) Treinador – Sérgio Franco e Luís Sequeira.
A Académica foi de uma superioridade total nesta primeira fase da prova. Para além de somar mais catorze, dezasseis e trinta pontos, na tabela classificativa, do que os seus adversários da fase final, respectivamente Évora, CRAV e Lousã., os estudantes marcaram 651 e sofreram apenas 90 pontos no total dos catorze jogos realizados, contra 443 marcados e 244 sofridos pelo Évora equipa segunda classificada.
Resultados da jornada:
AAC – 93 Caldas – 14
Vilamoura – 18 UTAD – 5
Lousã – 24 Évora – 28
Belas - 7 CRAV – 45

Rugby da Académica continua invencível e já leva treze pontos de avanço

A 13ª jornada do Nacional da 1ª Divisão revestia-se de grande interesse com os quatro primeiros a jogarem entre si. A Académica há muito que tinha assegurado o primeiro lugar garantindo assim uma das meias-finais em Coimbra. O jogo a disputar no Universitário, a 24 de Março, oporá os dois emblemas regionais em prova. Académica e Lousã disputarão assim um dos lugares da final do Jamor. O CRAV, que aparece neste final da prova numa acentuada melhoria de forma (conquistou 25 pontos nos últimos 5 jogos), recebeu e venceu a Lousã, por 26-3, mantendo-se assim na corrida pelo 2º lugar ao beneficiar da vitória da Académica no campo do Évora por 9 – 16 (3-3 ao intervalo). O Évora tudo fez para bater a invicta Académica o que lhe garantiria jogar em casa a outra meia final. Fica assim por decidir, na última jornada, quem disputará a segunda meia-final em casa. Caso o CRAV vença, em Belas, o Évora terá de vencer na Lousã o que não sucede há vários anos.
As duas equipas, que ocupam os primeiros lugares na tabela classificativa, apresentaram um rugby pouco espectacular dadas as dificuldades na circulação da bola devido à chuva que caiu durante todo o encontro e à boa prestação defensiva dos dois “quinzes”. O Évora deu boa réplica justificando o facto de ocupar o segundo lugar ao ser o único clube a consentir apenas um ensaio aos “estudantes”. Os alentejanos começaram melhor e passaram para a frente do marcador nos momentos iniciais através de uma penalidade convertida por Murteira. Francisco Serra igualou aos 18 minutos com um excelente pontapé de 50 metros. Em grande forma o chutador da Académica conseguiria eficácia total convertendo as oportunidades de que dispôs. No início do segundo tempo os eborenses voltaram a passar para a frente pela última vez no encontro com novo pontapé do seu médio de abertura. A Académica rapidamente estabeleceu a igualdade e chegaria à diferença confortável de dez pontos quando Ricardo Dias, o melhor em campo, recuperou a bola e marcou o único ensaio do jogo. O CRE reduziu nos momentos finais do encontro estabelecendo o resultado final em 9 – 16.
Apesar da saída prematura por lesão dos dois principais saltadores e de um pilar a Académica respondeu muito bem com os jogadores que entraram a trazerem mais consistência à formação ordenada e ao alinhamento. Este factor acabaria por ser decisivo no desenrolar do encontro pois só quando começou a dominar na formação ordenada a Académica passou para o comando do jogo. Este foi mais um sinal da qualidade do plantel dos “estudantes” e das várias alternativas que apresenta.
Com o Estádio do Lusitano de Évora, casa emprestada ao Clube de Rugby local, em ambiente de final e a bancada praticamente cheia apesar da chuva persistente, as equipas alinharam e marcaram: Évora: Miguel David, Manuel Silveira, Diogo Fialho, José Mendes, Luís Assis, José Pereira, Miguel Garcia (Miguel Lopes), Miguel Campos, (Nuno Lobo), Francisco Murteira (3+3+3), José Coelho, Gonçalo Navalhinhas, Francisco Sepúlveda, Miguel Valente, António Dias e António Fonseca, Treinador: Guilherme Oliveira e Alexandre Carriço. Académica: Pedro Santos (Tiago Coelho), Ricardo Benedito, João Cardoso, João Paulo, Hugo Gomes (Castelo Branco), Tiago Castanheira (Leandro Lucero), Vasco Couceiro, (José Gomes), Eduardo Correia (Hugo Rodolfo), Leandro Fonseca, João Nuno, Gonçalo Neto, Rui Rodrigues, Ricardo Dias (5), Alexandre Oliveira e Francisco Serra (3+3+3+2). Treinador – Sérgio Franco e Luís Sequeira. A arbitragem a cargo de Pedro Murinelo, de Lisboa, esteve em bom plano.Com esta vitória a Académica aumenta para treze pontos a vantagem sobre o segundo e é praticamente certo que conseguirá o pleno de vitórias nesta primeira fase pois jogará no próximo Sábado, em Coimbra, com o Caldas penúltimo classificado.

O Bully faz hoje 30 anos, PARABENS!!!!!!