sexta-feira, outubro 10, 2008

Vilamora - Académica/Unicer Camp. Nacional 1ª Div.

Convocatória

João Cardoso
Pedro Santos
Abílio Barata
Hugo Gomes
Vasco Couceiro
José Gomes
João Nuno Ataide
João Tavares
Bruno Pinto
Tiago Azevedo
Francisco Serra
Cláudio Lima
Gonçalo Neto
João Paulo Lopes
Paulo Bandeira
Tomas Pinto
João Costa
André Matias
Leandro Fonseca
João Bonny Dias
Gonçalo Almeida
Armando Albuquerque

quarta-feira, agosto 27, 2008

Inicio de Época

Começa a época para os escalões Sénior, Sub-20 e Rugby Clube de Coimbra na próxima Segunda-Feira dia 1-09-2008 pelas 19:00 no Estádio Universitário de Coimbra. Não faltes!!

terça-feira, julho 15, 2008

SEMPRE o RUGBY!

sexta-feira, junho 13, 2008

Eleições Convocatória

Convocatória



Convocam-se todos os sócios inscritos na secção de Rugby há mais de dois meses e maiores de 16 anos para o plenário de secção, a ter lugar no próximo dia 27/06/2008, pelas 23h00, nas instalações do Rugby Clube de Coimbra.

O plenário da secção assim convocado destina-se a proceder à eleição da Direcção da secção e da Mesa do Plenário para novo mandato anual.



Comparece! O teu voto é importante.



O Presidente da Mesa do Plenário

(Sérgio Moreira)



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terça-feira, abril 01, 2008

Académica tem 3 novos reforços

A Secção de Rugby da Associação Académica de Coimbra garantiu para os dois últimos jogos três reforços de qualidade.
Um segunda linha, um centro e um abertura de origem Irlandesa que disputavam a Ciltic-Ligue. Os três reforços já representaram a selecção do seu pais.

Académica merecia melhor sorte


Académica -15 Agronomia - 31

Bom jogo de rugby, a melhor prestação competitiva da Académica na presente temporada na opinião de muitos. Alinhando de início com três jogadores da sua equipa de sub 20 e fazendo entrar mais quatro elementos desta formação a Académica iniciou o jogo praticamente a vencer por 5-0 com um ensaio de António Salgueiro que iniciou o ataque com saída directa de uma formação ordenada. O nº 8 da Académica foi mesmo o melhor jogador em campo e isso reflectiu-se na prestação da sua equipa. Avançando quinze e mais metros cada vez que tocava na bola foi uma ameaça permanente para a defesa de Agronomia. Aliás toda a terceira linha dos “estudantes” esteve em destaque, Ricardo Dias marcaria o outro ensaio dos de Coimbra e Rui Pedro foi preponderante na acção defensiva. Agronomia passou para a frente do marcador aos 8 minutos com ensaio, muito consentido, marcado pelo sul-africano Michael Lubbe convertido por Gardner. 20 minutos depois novo ensaio para os agrónomos totalmente contra a corrente do jogo. Ao intervalo a vantagem (5 -14) para os campeões ibéricos não convencia e adivinhava-se mesmo a forte reacção que os “estudantes” viriam a impor. Aos 49 minutos a Académica aproxima-se com novo ensaio de Ricardo Dias e aos 55 Francisco Serra reduz para 15-17. Nos últimos seis minutos Agronomia marca mais dois ensaios, mais precisamente aos 74 e 81 minutos, estabelecendo o resultado final em 15 – 31. A Académica vê a manutenção mais longe. Com dois jogos para disputar, CDUL em Lisboa e CDUP em Coimbra, os “estudantes” prometem luta até ao fim da competição por um lugar na Divisão de Honra. Aconteça o que acontecer ficou a certeza de que os de Coimbra nada têm a temer no futuro, a excelente prestação dos jovens chamados à equipa principal contra a melhor equipa da actualidade (Campeã Nacional e Ibérica), deixou a certeza de um futuro promissor. Com arbitragem de Arsénio Tomás, as equipas alinharam e marcaram: A. A.C.- João Cardoso, Luís Sequeira (Ricardo Ferreira), Pedro Santos, (João Costa), Hugo Gomes (Ricardo Pereira), Cláudio Lima, Ricardo Dias (5), (João Tavares), Rui Pedro (David Martins), António Salgueiro (5), Gonçalo Almeida, (Leandro Fonseca), Gonçalo Neto, Rui Rodrigues, Frederico Dias, Sérgio Franco, Diogo Morais e Francisco Serra (3+2). Treinador: Sérgio Franco e Luís Sequeira. Agronomia: José Castro, Bernardo Duarte, (Duarte Champalimaud), Gustavo Duarte, ( Vicent coelho), Tiago Vanzeller, Carlos Quadros, João Pratas, Francisco Cabral, Conrad Stickling (5+5), Luís Pissarra, (Lourenço Kadosh), Vasco Gaspar, Gonçalo Albergaria, Rodrigo Sacadura (5), Michael Lubbe (5), Filipe Saldanha e Joe Gardener (3+2+2+2+2).

terça-feira, março 11, 2008

Stress pré-competitivo

Tenho saudades, de ainda estar a chegar á cancela do estádio universitário e ter atletas á minha espera para me dizerem “venda hoje tens que me fazer um kit”, de ainda estar em casa a arrumar o saco do material e receber no telefone uma chamada com “ eles estão todos stressados a perguntar por ti”. Uma hora antes do jogo havia atletas já equipados, a deambularem de um para outro lado do balneário. Eu já em calções e Tshirt “esfregava” pernas e massajava ideias, “atava” dedos e pés, cabeças cheias de nervinhos a saltarem à flor da pele,” agora sou eu, foda-se” “ calem-se e concentrem-se o jogo já começou” e depois de arredar a marquesa, todos agarrados a gritarem em uníssono e a baterem com as chuteiras no chão faziam tremer paredes, arrepiar até ao ínfimo cabelo de quem os ouvia.

Tenho saudades. Gostava de voltar a sentir este mau estar que me incomodava sempre.

Um abraço Fernando Venda

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Nos primórdios do Rugby da AAC


Foram tempos noutro tempo. Cismava-se hoje, fazia-se “ontem”. Vinha-se para Coimbra porque não havia mais sítio nenhum para onde ir. O rugby veio também. Trouxe-o a rapaziada de Lisboa. Os que já cá estavam não acharam piada nenhuma a esse facto. De Lisboa só a estrada para Coimbra, diziam!

Estava-se no ano de 1955 quando foi criada a Secção de Rugby da AAC. Nós chegamos três anos depois. Andávamos no atletismo, já tínhamos andado no futebol e como tínhamos fama de brutamontes vieram buscar-nos.

Volvidos mais de cinquenta anos, ainda hoje, não distinguimos o que nos fascinou, se o jogo se as ambiências. O que sabemos é que o fetiche se mantém.

Não professamos o criacionismo e, talvez por isso, cedo compreendemos que o Rugby da AAC ou era uma emanação dos seus membros, em permanente luta pela existência e pela selecção natural do seu projecto ou se quedava numa mera secção desportiva da AAC.

Companheiros, amigos, e solidários foi a tríade que nos empolgou a treinar, a jogar, a dirigir e a “eferrear”, ao ponto, de lá, ainda hoje, velhos e novos jantarem juntos todas as sextas-feiras (agora no Telheiro) e de dois em dois anos irmos a Paris ver o França – Gales.

Jogava-se o jogo como se sabia e podia no Campo de Santa Cruz que “deus haja”. Só ganhámos, a primeira vez, por 18 – 0 ao Futebol Benfica em 1962 na inauguração do Estádio Universitário.

O prazer do jogo suplantava tudo o resto. Ali ninguém se encolhia. Cada um afirmava o que tinha e o que não tinha. Não é por acaso que o rugby é a única actividade em que as pessoas se encontram, em todas as outras, evitam-se. Ninguém recorria ao sofisma de que “a minha política é o trabalho”.

Ali na Secção de Rugby não havia “outsideres”. Éramos todos do mesmo, mesmo quando diferentes. Não ficávamos indiferentes às crises académicas e em 62 e 69 foi mesmo a doer: porrada e greves.

As solicitações éramos nós que as criávamos e quando não havia onde e como, inventámos o Rugby Clube em 1971. Nessa, fomos mesmo pioneiros aqui e além mundo, não sem que já em 1970, no lendário ano do XV aniversário da Secção, tivéssemos tomado e convertido em “Club House” a Clepsidra, não esta, mas a antecessora (Cooperativa Abastecedora da Lusa – Atenas) sedeada no mesmo local, para aí esfrangalharmos até às tantas, sempre que nos aprestavamos a tal.

Em 1960, chega a Coimbra o Professor José Brun e com ele opera-se a primeira modernidade no rugby da AAC. Até então o rugby era tido pelo regime como modalidade marcial, só permitida a sua prática a maiores de 19 anos. Salazar além de pacóvio, que sempre foi, era obstruto, até da sombra tinha medo.

Foi assim que logo em 61 a AAC apresentasse duas equipas seniores, para, a partir daí, e logo que permitido, os juniores em 63, os juvenis em 64, os iniciados em 69, idem para os infantis e benjamins e nos nossos dias os bambis.

Foi assim que a Secção alicerçou a sua construção e foi assim que embrenhado quanto bastou recolhi desses tempos e de esse outro tempo, os conhecimentos, as influências e mesmo as opções que na vida me fizeram regressar às origens matriciais da “malta do rugby da AAC” – Companheiros, Amigos e Solidários.

A história nunca se repete mas as estórias que a fizeram são referências que marcam o porvir. A Secção de Rugby da AAC é, ainda hoje, uma emanação desses “modus vivendi” e desses “modus faciendi” a que mais de meio século de existência, não puseram cobro. Nas situações em que não foi “flor de cheiro”, reagiu aos corpos estranhos, expeli-os e estabilizou emocionalmente recorrendo aos membros do próprio corpo.


Pós scriptum

Não sei se os modos como foi abordada esta invocação foram os mais ajustados ao objecto que a publicação persegue. Talvez não! O normal é que optasse por uma alusão formatada, relatando factos e entoando loas numerárias aos aconteceres. Não o fizemos, nem sei se alguma vez o faremos. A vida está cheia disso: quando se tem dinheiro compra-se e tem-se, quando não se tem embasbaca-se e esvai-se.

Há vida para além do deve e do haver. O Rugby da AAC foi para nós, o “leitmotiv” desse preenchimento.

A Secção ostenta todos os títulos desportivos que se podem ambicionar mas do que ela mais tem que orgulhar-se é de ser uma “malta dos camandros”.


Por
Manuel da Costa/Manuel da Quinta