quinta-feira, dezembro 21, 2006

Rugby em Portugal, Federação e Selecção

Rod:
Tudo bem? Vejo que os mails aí em Lisboa correm rapidamente...

Antes de mais, é triste que seja um jogador da selecção, neste caso tu, a responder ao meu mail, uma vez que te será certamente bastante dificil, e pelo simples facto de seres um dos visados, manteres alguma dose de imparcialidade. No entanto, e conhecendo-te relativamente bem – sei que gostas efectivamente de rugby e que o gostarias de o ver ser jogado em todo o país (são poucos os jogadores e dirigentes aí em Lisboa que desejam tal coisa, garanto-te!) - vou procurar elucidar-te.

Portela dixit:
Recebi este e-mail escrito por ti ao qual, como jogador da selecção, adepto do rugby e, contigo, travei batalhas dentro do campo que jamais esquecerei ( era de facto empolgante jogar contra ti, um verdadeiro guerreiro), não posso deixar de responder.
Não fica bem, a um ex-internacional, falar assim da selecção
.

Obrigado pelo elogio. Deixa-me dizer-te, no entanto, que para além de nunca ter gostado do meu tipo de jogo (só “destruir”, entenda-se placar!), nunca fui internacional (penso que fui convocado para a selecção ao todo seis ou sete - em juvenil, júnior e sénior - mas ignorei sempre as convocatórias. Não tolero que me tratem por você e desde bem novo que ganhei consciência do trabalho mediocre desenvolvido pela federação. A única vez que fui a um estágio, no meu pimeiro ano de júnior, puseram-nos a jogar contra a equipa sénior do CDUL (até aqui tudo bem!) NUM CAMPO PELADO! PERFEITO!

Há que separar Federação de Selecção.

O que me pedes é impossivel! Antes de mais, é a federação que tutela as selecções e não nos esqueçamos que é essa mesma federação que, por causa das selecções, “destroi” os quadros competitivos nacionais.
As sucessivas federações têm efectuado um trabalho confrangedor ao longo dos ultimo 20 anos. A título de exemplo, lembro-me de ser juvenil e haver campeonato de reservas séniores.
Há cada vez menos gente a jogar rugby o que se deve em grande parte – para além de outros factores – à apatia, incompetência e falta de apoios e estratégia das sucessivas direcções da federação.

E se a Federação (na tua opinião) não faz um bom trabalho a nível de desenvolvimento da modalidade Rugby( aliás como a maioria das Federações Portuguesas. É um mal geral), julgo que temos de assumir que os resultados da selecção têm sido distintos e distinguidos.

O trabalho da federação (e pior, a atitude!) são péssimos! Dar-te-ei alguns exemplos... Talvez não saibas mas o professor Cabral Fernandes – o Tony, para a malta do Rugby da AAC - pretendia organizar um mundial de sub-21 na zona centro (tendo já garantidos diversos apoios entre os quais o da Câmara Municipal de Coimbra, confirmado publicamente nos orgãos de imprensa regionais).Tendo em conta a capacidade organizadora da pessoa em questão, o torneio estaria irremediavelmente condenado ao sucesso! Mas eis que o presidente da federação – um tal de Dídio - resolveu afirmar, premptoriamente, que a organização desse torneio não era prioritária para a região!? O torneio foi então para França (parabéns Dídio!), vendo-se a malta privada de ver jogar, em diversos relvados da zona centro, alguns dos jogadores que dentro de uns anos estarão no topo do rugby mundial. Já agora, sabias que o comité regional de rugby foi pura e simplesmente esquecido pela federação?
E que dizer de uma final da taça de Portugal de séniores que, estando previamente agendada para se disputar em Coimbra, foi desmarcada somente porque a Académica não se apurou para essa mesma final (fomos, nesse ano eliminados pelo Cascais sendo a final disputada entre o Cascais e o Agronomia)? Pedia-te que comentasses esta atitude vergonhosa! Um insulto ao rugby e aos amantes da modalidade!!!! E logo numa cidade que regista o maior número de espectadores alguma vez presente num jogo entre duas equipas de rugby portuguesas (no jogo AAC-CDUL, quando a AAC se sagrou campeã pela penúltima vez, estavam aproximadamente 5.000 pessoas a assistir ao jogo!).
Remato finalmente com o infeliz episódio do jogo contra o Agronomia, jogo marcado para um dia de semana, à noite (certamente por causa de compromissos da selecção?), em que a equipa sénior da Académica se viu forçada a dar falta de comparência depois de ver alguns atletas retidos no trânsito (por causa de um acidente à entrada de Lisboa!). Caso não saibas, um tal de Cabé (segunda consta presidente do Agronomia) tentou aproveitar o facto para “enviar” a AAC directamente para a segunda divisão. É tudo mau demais no rugby português!!! Acredita em mim! Quando deixares de jogar aperceber-te-ás do panelão de merda em que chafurdaste durante tantos anos!

Só assim se compreende a nomeação da nossa selecção, pela IRB, para selecção do ano. Bem sei que não é para melhor selecção. Mas reconhece o trabalho, esforço e Resultados obtidos.

Já privei contigo por diversas vezes e penso que compreenderás facilmente o que te vou dizer! Apenas poderemos ter uma selecção a jogar rugby se tivermos quadros competitivos fortes, entenda-se campeonatos nacionais devidamente calendarizados e disputados, com muitas equipas! É inadmissível que os campeonatos parem durante vários meses por causa dos jogos da selecção o que, como bem sabes, acontece frequentemente em Portugal de há uns anos a esta parte. A lógica foi completamente subvertida! Os resultados da selecção são algo de muito efémero, sem qualquer significado!!!!
Asseguro-te que o estado do nosso rugby envergonha o ex-jogador mais esclarecido que, estando agora numa na posição de mero espectador e não de interveniente no jogo, possui um maior espírito crítico. Atente-se nos maus campos, nos maus árbitros, na ausência de bandeirinhas oficiais em todos os jogos, nos maus jogadores (de clube e de selecção!), nos maus comentadores, na não aplicação de castigos a internacionais expulsos em jogos do campeonato, etc, etc, etc...
Já agora, e uma vez que falamos de comentadores, num dos jogos recentemente transmitido pela RTP o comentador de serviço reivindicava para Portugal o estatuto de nação emergente no rugby!? É a maior alarvidade que ouvi nos dias da minha vida! Sabes quantos clubes com o mínimo de estrutura existem em Portugal? Dois! Repito: DOIS! Vocês e o Agronomia! O Técnico penso que ainda não chegou lá!
Os restantes clubes são grupos de atletas que se juntam a horas certas (equipas sem campo próprio, sem sede social, sem departamento médico, sem meios de transporte próprios...). Há duas semanas falei com o Neto, que me garantiu não ter jogadores suficientes para realizar o trabalho que pretende no Belenenses... O mesmo acontece provavelmente com o CDUP, com a AAC e com muitos outros clubes...

Ganhar as 6 Nações B é um feito histórico. Soubemos aproveitar as falhas dos adversários, é verdade. Mas isso não tira o grande mérito da nossa Selecção.
Com escassos recursos (especialmente humano), temos conseguido grandes resultados. Batemo-nos com selecções como Roménia, Geórgia e Rússia, selecções estas que, ao contrário do que dizes, têm investido muito na modalidade. Basta atender aos apoios conseguidos juntos da IRB, Investimento na profissionalização do Rugby Interno e colocação de jogadores nas melhores ligas Europeias e nos seus melhores Clubes.

Desculpa , mas estás completamente enganado! Costumo falar, a título de exemplo, com treinadores romenos (o Vasile foi treinador da selecção romena e da AAC e ainda dá aulas em Coimbra) que me vão mantendo informado acerca do actual estado do rugby romeno. Há uns anos atrás a roménia empatou com a França, em Bucareste. Hoje, com a queda do comunismo e o desinvestimento no desporto (sector que, em tempos de crise, não é considerado prioritário) a Roménia perderá certamente por uma margem superior a 50 pontos (palavras do próprio Vasile!). E que dizer da União Soviética que obtinha tão bons resultados nos torneios da FIRA? Com o desmemberamento da CCCP desapareceu como potência no rugby dando origem à debilitada Rússia.

Quanto às vitórias dos 7´s, alerto para o facto de não terem sido 2 mas sim 5 as vezes que fomos Campeões Europeus. É assim que é classificado o circuito pelas instâncias internacionais pelo que não seremos nós Portugueses a dizer o contrário.

Ninguém pretende que digamos o contrário!!!! Pretende-se e isso sim, que as pessoas sejam informadas de uma forma exacta e objectiva e não de uma forma sensacionalista! Esse sensacionalismo até se poderia justificar se fosse convenientemente usado para fomentar a prática da modalidade a nível nacional! No entanto, já lá vai uma boa dezena de anos e a modalidade continua a regredir, assim se explicando o meu mail acerca do resultado com a Itália!Diz-me o que mudou no rugby português desde os 106-5 do pais de Gales, em 94, até aos 83-0 da Itália em 2006! ABSOLUTAMENTE NADA!

É grave a acusação de fraude

É claro que usei a palavra fraude em sentido figurado. Os resultados, após a conclusão dos jogos, são exactos. Ou se ganha, ou se empata, ou se perde! Quando me refiro a fraude refiro-me à ideia com que as pessoas mais leigas ficam do rugby português! Há uns meses atrás fui questionado por um familiar que vê rugby de quando em quando, da verdadeira qualidade do rugby nacional. Após me perguntar qual seria o resultado entre as selecções de Portugal e da Nova zelândia (ou Austrália) respondi-lhe que perderiamos, com toda a certeza por uma margem superior a 100 pontos (e que tal jogo poderia colocar em risco a integridade física de alguns atletas portugueses tendo em conta a abissal diferença de índices físicos. Abstenho-me de indicar nomes de atletas que correm esse perigo, para não ferir susceptibilidades!). O meu interlocutor limitou-se a responder: “Tinha uma ideia completamente diferente... Os jornais e a televisão parecem dizer exactamente o contrário!”

A selecção, a muito custo, com muito sacrifício dos envolvidos, dedicação e amor ao País e modalidade, tem logrado grandes resultados.

Não duvido e louvo o sacrificio dos envolvidos! Já não posso concordar minimamente com a obtenção de grandes resultados! O nosso rugby continua a ser jogado a um nivel medíocre (digo-te isto a ti e jamais a um juvenil, a um junior ou a um sénior com vastos anos de rugby pela frente, obviamente! Esses ainda podem mudar algo se bem treinados e envolvidos em competições que lhes permitam evoluir).

O resultado do jogo contra Itália demonstra que temos um longo (e provavelmente impossível) caminho a percorrer... Mas não tira o mérito de tudo o que conquistámos, inclusive, respeito internacional.

Afinal de contas dás-me razão, caralho! Estás mais consciente das vedadeiras limitações do nosso rugby do que eu, uma vez que usas a palavra impossível! Eu não iria tão longe!

Não confundas Federação com Selecção. Não é a mesma coisa.

Claro que são! Estão umbilicalmente ligadas!

Quanto a centralização do rugby em Lisboa digo-te o seguinte. Tal centralização é normal em muitos Países. Na Argentina é na Região de Buenos Aires, em França é na Região dos Pirinéus, em Portugal em Lisboa.

Estás enganadíssimo!!!! Passei uma semana na Bretanha e qualquer localidade tem um estádio de rugby!
Quanto a Buenos Aires (cidade com 15 milhões de habitantes – 1 Portugal e meio!) tem mais de 100 equipas de rugby!l... Podem dar-se ao luxo de centralizar aí o rugby apesar de isso não ser verdade. A provincia de Córdoba é fortissimo possuindo mais de 20 equipas séniores! Não te esqueças que gosto de rugby e sei bem o que se passa por esse mundo fora!Informa-te!!!
E já agora, Lisboa não é uma região, é uma mera cidade e das pequenas (à escala europeia!). Vejo que encaras com naturalidade o facto de o nosso rugby se encontrar centralizado em Lisboa o que é grave, MESMO MUITO GRAVE! És mais um...

Contudo isso não impede que, cada Clube, com competência dos seus dirigentes, jogadores, associados e adeptos, não consiga o sucesso. A Tua Académica (julgo ainda seres apoiante da Académica) já teve grandes dias de Glória e tem potencial para voltar a ser. Há o espírito de Rugby enraizado na Região. Apenas há que saber potencializar esse espírito.

Essa bucha do “... ainda seres apoiante da académica...” era escusada, principalmente vinda de ti que me costumas ver, invariavelmente, a assistir aos jogos Direito-Académica. Não somos nós que nos transferimos para outras equipas por meia dúzia de tostões!!! Lamento esse semi-profissionalismo mediocre que grassa aí por Lisboa (puseram mais uma vez a carroça à frente dos bois!). Os espanhois enveredaram pelo profissionalismo sem sustentação e vê os resultados!!!
Já agora, e remetendo-te para o parágrafo seguinte, também sou presidente do Rugby Clube de Coimbra (edificio sede da AAC) que se encontra presentemente em reconstrução! Informo-te que somente “à terceira” conseguimos obter (do poder central) uma ajuda para a reconstrução da casa (obra orçada em mais de 70.000 contos). Pergunta aos teus velhos se tiveram alguma dificuldade em obter financiamento para a construção do vosso complexo. É CLARO QUE O ESTAR EM LISBOA TORNA TUDO MUITO MAIS FÁCIL!
Faço votos para que jamais sejas dirigente associativo na chamada província (palavra que vocês tanto gostam de usar! Convido-te desde já, para vires beber um copo com a malta na inauguração do novo clube...

O GD Direito, há uns anos, estava pior do que a Académica está hoje em dia. Com trabalho dos seus dirigentes, dedicação dos seus sócios e esforço dos seus jogadores logrou um lugar de destaque no Rugby Nacional. E não me venhas dizer que é devido ao facto de estarmos em Lisboa....
Mas esta questão, face ao tipo de comentário por ti efectuado e à satisfação da nossa derrota frente a Itália, é secundária.

Tenho pena que não tenhas entendido o comentário! É natural! Também levaste, certamente muitas pancadas na cabeça! Isso embruteceu-nos! Quando utilizo a palavra parabéns, utilizo-a com REVOLTA E INSATISFAÇÃO! Lamento profundamente ter de ir a Londres ou a Paris para ver um jogo de Rugby com o nível e a ambiência que se deseja, entenda-se com dezenas de milhares de pessoas a assitir! Garanto-te que não desejaria menos do que tu ver um jogo das 7 nações, aqui, em Portugal, com uma assistência de 40 ou 50 mil pessoas... Por este andar, jamais!
Volto a repetir: Não confundas Federação com selecção... Acho que reconheces este reparo.

Obviamente que NÃO reconheço!

Um abraço,

Miguel Portela

Um abraço dos bons também para ti. Até um dia destes.

Rodrigo

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O rugby em Portugal, e a forma como está estruturado tem diversas falhas que em nada contribuem para o desenvolvimento da modalidade, e a sua consequente extensão a todo o território nacional. Os feitos alcançados pela selecção são de um mérito inquestionável, no entanto considero que esta notável contribuição tem apenas um efeito paliativo, visto que o rugby nacional padece de males bem mais complexos, que obrigam a uma reestruturação profunda. A federação Portuguesa de rugby tem cedido a pressões de determinados feudos lisboetas de forma a centralizar o rugby nacional. Na minha opinião deveria seguir-se o caminho oposto. Penso que se deve apoiar todas as iniciativas que procurem levar o rugby a um maior número de pessoas, e procurar criar um campeonato competitivo sem paragens, só assim poderemos ter um desenvolvimento sustentado. É obvio que ter uma selecção bem classificada é deveras importante e não deve ser negligenciado. É também importante referir, que toda a base cultural associada ao rugby em portugal, tem vindo a castrar toda a sua expansão, nenhum desporto se desenvolve quando este está confinado a uma elite.

quinta-feira, dezembro 21, 2006 1:37:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Para seu conhecimento e para eventual divulgação.

PORTUGAL NO MUNDIAL UNIVERSITÁRIO

A Federação Académica de Desporto Universitário (F.A.D.U.) recebeu um convite oficial para participar com a Selecção Nacional Universitária na Taça do Mundo de Rugby Universitário, a ter lugar na Universidade de Stellenbosch, África do Sul. Esta competição que contará com as principais selecções mundiais realizar-se-á entre os dias 1 e 21 de Julho de 2007. Poderão ser convocados todos os estudantes dos vários graus (Bacharelato, Licenciatura, Pós-graduação, Mestrado e Doutoramento) do Ensino Superior nascidos depois do dia 1 de Janeiro de 1979. Todos aqueles que tenham terminado um dos referidos graus académicos no ano lectivo de 2005/2006 e que tenham nascido depois da referida data poderão, igualmente, ser convocados.

Sem mais de momento e agradecendo a atenção dispensada.

Boas Festas!

quinta-feira, dezembro 21, 2006 7:44:00 da tarde  
Blogger José Eduardo Ferraz said...

Santo Natal e um Próspero 2007 para o staf deste maravilhoso blogue, são os desejos do

José Eduardo Ferraz

domingo, dezembro 24, 2006 3:24:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Esta troca de e-mails (aparentemente em privado) aparece aqui completamente descontextualizada, embora se consiga compreender parte daquilo que está na sua génese.

Fica-se todavia sem perceber alguns trechos, bem como o «ps» final.

Dou razão a quem responde ao Portela em alguns aspectos. Noutros parece-me padecer de um provincianismo (e aqui o termo não é aplicado devido à proveniência da pessoa mas ao tipo de opinião) mais ou menos obsoleto.

Mais informo que Lisboa não é uma região, mas «Lisboa e Vale do Tejo» sim, o que de facto alarga o leque de clubes presentes na região. Ex's: Vitória de Setúbal, Belas, Cascais, Fabril, etc...

Quanto à FPR: o trabalho tem sido de facto muito mau. Pelo menos tão mau como o da generalidade dos clubes.

quarta-feira, dezembro 27, 2006 5:48:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

li as palavras com atenção..e há muito tempo que não lia algo que fizesse tanto sentido!!infelizmente é lisboa e o resto de portugal!! que sirva para mexer com as mentes de quem "manda" nisto!! A FPR diga-se...

quarta-feira, janeiro 03, 2007 3:59:00 da tarde  
Blogger miguel rodrigues said...

Li com atenção o texto e acho que nalguns aspectos tem toda a razão noutros o coração fala mais forte, mas fica o sentimento que é dito por alguém que gosta de rugby e que gostava de mudar a forma como a modalidade é gerida.

Este é mais um de muitos comentários pouco abonatórios para a FPR, e não são só de pessoas de fora de Lisboa.

Se assim é, porque é que essas pessoas e clubes a que estão ligados, que se sentem prejudicadas e acham que devia ser feito melhor, não se organizam e candidatam-se a tomar conta da FPR e dos destinos do rugby português?

Gerir a FPR não deve ser fácil, os meios devem ser escassos e os clubes vivem sempre em apertos orçamentais, sempre a pressionarem e a querer mais subsídios, quem quiser fazer melhor tem de ter disponibilidade de tempo, capacidade de organização, de negociação e de diálogo. Se houver um grupo de pessoas que reúnam estas condições, não lhes será dificil arranjar apoios (incluindo clubes da saloia Lisboa) para substituir a actual Direcção da FPR.

Mas será que há?

P.S. se querem realmente fazer melhor deixem-se da história do coitadinho, dos malandros de Lisboa, da província, pois só estão a alimentar discussões sem qualquer interesse.

quarta-feira, janeiro 03, 2007 6:25:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Mundial de sub-21 em Coimbra????
Tenham juízo! Com jogos na Lousã e no maravilhoso relvado do universitário.

Mas será que não abrem a pestana!

Briosa Campeã!Pretos Forever!

quinta-feira, janeiro 04, 2007 7:38:00 da tarde  

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